A Folha de São Paulo publica no dia 9 de novembro matéria sobre o provável fechamento da prisão de Guantánamo.
Pentágono afirma estar à busca de locais para substituir Guantánamo
DA REDAÇÃO
Obama disse durante campanha estar disposto a fechar prisão em base militar
Os EUA já começaram a procurar um local para transferir a prisão de Guantánamo, informou à Associated Press a secretária-assistente de Defesa para Assuntos de Prisioneiros do governo George W. Bush, Sandra Hodgkinson.
Os comentários mostram que o governo Bush busca opções para abrigar acusados de ligação com a Al Qaeda e o Talebã, presos na base americana em Cuba. Desde que Barack Obama foi eleito presidente, na terça, é a primeira vez que o Departamento de Defesa se manifesta oficialmente. Obama prometeu durante a campanha fechar o centro de detenção, alvo de críticas de entidades dos direitos humanos por não conceder aos presos garantias constitucionais básicas.
A mudança exigiria locais especiais e resoluções legais, disse Hodgkinson, sugerindo que desativar o local não será fácil ou rápido. O governo estuda possíveis locações, mas não tomou nenhuma decisão nem começou a construir uma prisão.
"Há um processo ativo para explorar as opções", disse a secretária-assistente. Ela se negou a citar os locais considerados, mas acrescentou que devem ter níveis máximos de segurança para homens "muito, muito perigosos".
Além de manterem os presos isolados, os EUA precisam de um local que tenha pista para aviões e instalações médicas.
O Departamento da Defesa não considera locações fora do país porque os presos ganharam recentemente, após decisão da Suprema Corte, o direito de contestar seu confinamento em tribunais americanos. "Não iríamos querer deixar isso mais difícil", afirmou Hodgkinson.
Esforços para fechar o centro de detenção de Guantánamo devem crescer com a eleição de Obama e o número maior de democratas no Congresso. Há cerca de 250 homens presos no local, aberto em janeiro de 2002, todos acusados de ligação com a Al Qaeda e o Taleban.
O deputado David Price, democrata da Carolina do Norte que propôs uma lei para o fechamento de Guantánamo, está convencido de que os assuntos legais e diplomáticos podem ser resolvidos. Para ele, isso faz com que os EUA "possam começar a reconstruir sua reputação danificada".
"Entendo que são pessoas potencialmente perigosas e que devemos ser cuidadosos, mas não acho viável prendê-los indefinidamente em Guantánamo", afirmou Price.
Charles Stimson, que ocupou o cargo de Hodgkinson até 2007, disse à "Newsweek" que o problema é Guantánamo não estar "no quintal de ninguém". "Nunca vi um deputado levantar a mão e dizer: "Dêem-nos [os presos] para mim".
Pentágono afirma estar à busca de locais para substituir Guantánamo
DA REDAÇÃO
Obama disse durante campanha estar disposto a fechar prisão em base militar
Os EUA já começaram a procurar um local para transferir a prisão de Guantánamo, informou à Associated Press a secretária-assistente de Defesa para Assuntos de Prisioneiros do governo George W. Bush, Sandra Hodgkinson.
Os comentários mostram que o governo Bush busca opções para abrigar acusados de ligação com a Al Qaeda e o Talebã, presos na base americana em Cuba. Desde que Barack Obama foi eleito presidente, na terça, é a primeira vez que o Departamento de Defesa se manifesta oficialmente. Obama prometeu durante a campanha fechar o centro de detenção, alvo de críticas de entidades dos direitos humanos por não conceder aos presos garantias constitucionais básicas.
A mudança exigiria locais especiais e resoluções legais, disse Hodgkinson, sugerindo que desativar o local não será fácil ou rápido. O governo estuda possíveis locações, mas não tomou nenhuma decisão nem começou a construir uma prisão.
"Há um processo ativo para explorar as opções", disse a secretária-assistente. Ela se negou a citar os locais considerados, mas acrescentou que devem ter níveis máximos de segurança para homens "muito, muito perigosos".
Além de manterem os presos isolados, os EUA precisam de um local que tenha pista para aviões e instalações médicas.
O Departamento da Defesa não considera locações fora do país porque os presos ganharam recentemente, após decisão da Suprema Corte, o direito de contestar seu confinamento em tribunais americanos. "Não iríamos querer deixar isso mais difícil", afirmou Hodgkinson.
Esforços para fechar o centro de detenção de Guantánamo devem crescer com a eleição de Obama e o número maior de democratas no Congresso. Há cerca de 250 homens presos no local, aberto em janeiro de 2002, todos acusados de ligação com a Al Qaeda e o Taleban.
O deputado David Price, democrata da Carolina do Norte que propôs uma lei para o fechamento de Guantánamo, está convencido de que os assuntos legais e diplomáticos podem ser resolvidos. Para ele, isso faz com que os EUA "possam começar a reconstruir sua reputação danificada".
"Entendo que são pessoas potencialmente perigosas e que devemos ser cuidadosos, mas não acho viável prendê-los indefinidamente em Guantánamo", afirmou Price.
Charles Stimson, que ocupou o cargo de Hodgkinson até 2007, disse à "Newsweek" que o problema é Guantánamo não estar "no quintal de ninguém". "Nunca vi um deputado levantar a mão e dizer: "Dêem-nos [os presos] para mim".
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