quinta-feira, 2 de abril de 2009

Documento final deve ter ''cinco promessas''

O Estado de São Paulo

02/04/2009

Segundo esboço obtido pela ?Reuters?, um dos compromissos é regulamentar fundos de hedge
Os líderes do G-20 - o grupo das maiores economias industrializadas e em desenvolvimento - vão prometer cooperar em políticas para restaurar o crescimento econômico e evitar as desvalorizações de suas moedas. A promessa consta de um esboço do comunicado final da reunião do G-20, que será divulgado hoje em Londres. Em relação aos paraísos fiscais, o comunicado final do G-20 terá uma frase de impacto: "A era do segredo bancário acabou".
O comunicado vai trazer cinco promessas: restaurar o crescimento e os empregos; resgatar os bancos e o crédito; fortalecer as instituições financeiras globais para lidar com a crise e evitar crises futuras; promover o comércio mundial e construir uma recuperação sustentável.
O documento, obtido pela agência Reuters, diz que o G-20 está preparado para regulamentar os principais fundos de hedge e criar um novo conselho de supervisão para monitorar o sistema financeiro global.
De acordo com o esboço do comunicado, a autoridade do Fundo Monetário Internacional (FMI) sairá fortalecida. O FMI terá mais responsabilidade na supervisão da economia mundial para impedir o surgimento de outras crises. Novos recursos serão colocados à disposição para impulsionar o FMI e os "Direitos Especiais de Saque" serão expandidos. Porém, o rascunho do comunicado não menciona nenhum valor específico para essas verbas.
Ontem o presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse que nem o seu país nem a Alemanha estão satisfeitos com as propostas atuais de acordo para o G-20. Ele disse que não aceitará nenhum "compromisso falso".
Além das medidas para restabelecer o crescimento global, o esboço do comunicado fala em manter "os benefícios da globalização e a abertura de mercados" e "fomentar o comércio".
De acordo com o rascunho,os países do G-20 reafirmam o compromisso de "não levantar novas barreiras para os investimentos ou para o comércio de bens e serviços" e a não "impor novas restrições comerciais nem criar novos subsídios às exportações". O compromisso terá validade de 12 meses.
Os líderes também vão ampliar os poderes do Fórum de Estabilidade Financeira para "impulsionar o desenvolvimento de princípios e normas de regulação" e, junto com o FMI, identificar "eventuais riscos macroeconômicos e financeiros"

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