O jornal O Globo, do dia 28 de outubro de 2008, publica matéria sobre a construção de muro na fronteira entre os EUA e o México, para conter a imigração ilegal.
Uma cerca que divide cidades e opiniões
Universidade contesta barreira na Justiça
Renata Fraga
HOUSTON, Texas. Barack Obama e John McCain travam uma guerra desconhecida pela maioria dos americanos. Em anúncios no rádio, alguns exclusivamente em espanhol, os dois trocam acusações mútuas de o adversário não ter propostas claras em relação à imigração. No Texas, 30% do eleitorado é de origem hispânica. Mas tanto Obama quanto McCain votaram pela construção de uma barreira na fronteira com o México, alegando que ela ajudaria a conter a imigração ilegal.
- Há evidências de que a barreira não será eficaz contra a imigração ilegal e constitui uma violação aos direitos humanos - diz Denise Gilman, membro da Comissão Interamericana de Direitos Humanos e professora da Clínica de Imigração na Universidade do Texas, em Austin.
Segundo Gilman, a maior parte dos imigrantes ilegais entra com vistos de turista, de negócios ou border passes e depois fica na ilegalidade. Os que entram em carros ou atravessando o Rio Grande na fronteira com o Texas são minoria.
O traçado da barreira atravessa propriedades particulares, reservas indígenas e ambientais, terrenos como o da Universidade do Texas, em Brownsville, que foi ameaçada de ter o campus dividido. A universidade foi à Justiça e conseguiu um acordo com o governo. Ficou acertado que, em vez da barreira, a universidade vai reforçar a cerca já existente. O acordo está servindo de base para novas contestações na Justiça.
- As pessoas não estão acostumadas com barreiras em nosso país, mas com a democracia. O que estão fazendo conosco é uma atrocidade. A maior parte dos americanos não tem noção do que está em jogo aqui - diz Eloísa Tamez, professora de enfermagem em Brownsville, cujo terreno, em La Calaboz, está ameaçado pela barreira, e que por ter promovido o debate recebeu o Prêmio Henry B. Gonzalez de direitos civis.
Uma cerca que divide cidades e opiniões
Universidade contesta barreira na Justiça
Renata Fraga
HOUSTON, Texas. Barack Obama e John McCain travam uma guerra desconhecida pela maioria dos americanos. Em anúncios no rádio, alguns exclusivamente em espanhol, os dois trocam acusações mútuas de o adversário não ter propostas claras em relação à imigração. No Texas, 30% do eleitorado é de origem hispânica. Mas tanto Obama quanto McCain votaram pela construção de uma barreira na fronteira com o México, alegando que ela ajudaria a conter a imigração ilegal.
- Há evidências de que a barreira não será eficaz contra a imigração ilegal e constitui uma violação aos direitos humanos - diz Denise Gilman, membro da Comissão Interamericana de Direitos Humanos e professora da Clínica de Imigração na Universidade do Texas, em Austin.
Segundo Gilman, a maior parte dos imigrantes ilegais entra com vistos de turista, de negócios ou border passes e depois fica na ilegalidade. Os que entram em carros ou atravessando o Rio Grande na fronteira com o Texas são minoria.
O traçado da barreira atravessa propriedades particulares, reservas indígenas e ambientais, terrenos como o da Universidade do Texas, em Brownsville, que foi ameaçada de ter o campus dividido. A universidade foi à Justiça e conseguiu um acordo com o governo. Ficou acertado que, em vez da barreira, a universidade vai reforçar a cerca já existente. O acordo está servindo de base para novas contestações na Justiça.
- As pessoas não estão acostumadas com barreiras em nosso país, mas com a democracia. O que estão fazendo conosco é uma atrocidade. A maior parte dos americanos não tem noção do que está em jogo aqui - diz Eloísa Tamez, professora de enfermagem em Brownsville, cujo terreno, em La Calaboz, está ameaçado pela barreira, e que por ter promovido o debate recebeu o Prêmio Henry B. Gonzalez de direitos civis.
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