terça-feira, 6 de julho de 2010

Ditador argentino assume culpabilidade no julgamento

Em Nuremberg, 1946, creio, que o Gal Keitl foi o único militar de Hitler que assumiu a culpabilidade pelas atrocidades praticadas pelo Exército alemão no período da Segunda Guerra Mundial. Assumiu mais em razão de uma visão prussiana de "honradez" militar. Mas não externalizou as gravissimas e brutais consequências dos atos praticados.Hoje, 6 de julho de 2010, os jornais circulando no Brasil estampam que o ditador argentino Jorge Videla expressou o reconhecimento de sua culpabilidade em julgamento em curso.Em relação ao citado general alemão, Videla assume de outro modo. Ele assume para justificar que estava se travando uma "guerra". Assume para manifestar que ele está sendo julgado novamente. Junto com o Gal Menendez contestam a legalidade do novo julgamento.A primeira reação de que se tem ao ler a manchete noticia de hoje da imprensa era sim de mostrar uma profunda culpgabilidade e responsabilidade pelos atos praticados. Mas este não foi o caso como se depreende das informações constantes do resto da matéria. Tal fato reforça a matéria de semana passada que circulou consta desse de um professor de direito argentino mostrando as contradições da politica de punições de crimes praticados contra os Direitos Humanos na Argentina. Reforça que temos de avaliar a denominada Justiça transicional.No caso argentino, fica evidente, devido a todo processo político argentino, que o julgamento dos militares responsáveis pela barbarie dos períodos ditatoirais desde de Ongania em 1969 a 1983 acabou sendo fracionado. Abriu margem sim para essa "coragem" do Videla afirmar que está assumindo a "culpabilidade". Em sintese, a notícia de hoje leva-nos a refletir sobre o formato de julgamento dos crimes barbaros cometidos contra os Direitos Humanos

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