sábado, 6 de fevereiro de 2010

Revolução conservadora II

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São Paulo, sábado, 06 de fevereiro de 2010


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"É hora de a maioria silenciosa acordar", afirma participante
DA ENVIADA A NASHVILLE

Para William Temple, não basta participar da Convenção Nacional do "Tea Party" -é preciso fazê-lo a caráter. A cada dia, Temple usa uma fantasia diferente inspirada na Revolução Americana. Ontem, foi extremo demais até para os conservadores radicais, e ele diz que teve que brigar para manter à mão seu mosquete original. Afinal, o direito de portar armas é uma de suas bandeiras.







FOLHA - Por que o sr. está aqui?
WILLIAM TEMPLE - Sou vice-presidente do "Tea Party" de Brunswick (Geórgia) e vim unir nosso grupo à Nação "Tea Party" [organizadora da convenção]. Queremos ajudar o país a focar nos problemas reais, que são: a) o corpo permanente de políticos em Washington, de ambos os partidos. Se alguém está há dois mandatos no Senado ou quatro na Câmara, é hora de dizer adeus; b) queremos o fim das aposentadorias para políticos; c) queremos cortar a extensão do governo federal em ao menos 20%, só para começar; d) e precisamos restaurar o poder dos Estados, como previsto em nossa Constituição. Ah, eu também gostaria de expulsar todos os advogados de Washington.

FOLHA - O sr. acha que o movimento conseguirá tudo isso?
TEMPLE - Em novembro [nas eleições legislativas] e em 2012 [próximas presidenciais] todos saberão que estamos aqui para ficar. É hora de a maioria silenciosa acordar. Há um ano, fui a uma passeata em Atlanta e vi todas aquelas pessoas de todas as filiações que estavam revoltadas com o governo. Havia 20 mil pessoas. E pensei: quero fazer parte disso. A história da América está do nosso lado, e é por isso que os esquerdistas estão com raiva de nós.

FOLHA - O que o sr. acha do presidente Barack Obama?
TEMPLE - Ele é um radical, um socialista. E não tenho dúvidas disso, porque ele é advogado, e aprendeu todas as regras para os radicais. Ele está tentando forçar tão rápido quanto possível essa agenda socialista. É uma tirania leve, mas que pode ficar pior, pois os americanos nunca aceitarão a tirania. O pior de tudo é o gasto excessivo do governo. É hora de uma intervenção em Washington. Este movimento é uma revolução.

FOLHA - O caminho para o movimento é o voto?
TEMPLE - Bem, a Declaração de Independência diz que é não apenas o direito, mas a responsabilidade do povo de derrubar um governo tirânico. Espero que seja pelo voto. Mas há um limite para o quanto o povo americano pode ser provocado. Eu ficaria com muito medo se o governo se tornasse mais tirânico do que já é.

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